A Polícia Civil prendeu, nesta terça (29), quatro jovens acusados de fazerem parte de uma quadrilha que aplicava o golpe 'Boa Noite, Cinderela' no Rio.
Segundo a polícia, cinco dos envolvidos são de São Gonçalo e o objetivo era agredir as vítimas. Na ação, agentes conseguiram prender quatro dos cinco suspeitos. Um outro homem segue sendo procurado.
O principal suspeito de ser o líder da organização criminosa foi identificado como Kaio Pantera. Ele e os outros garotos de programa envolvidos se organizavam da seguinte forma: através de aplicativos de relacionamento, um deles conhecia a vítima, que era da Zona Norte do Rio, e, em seguida, marcava um encontro com ela.
Depois, o homem e a vítima iam até um apartamento e tinham relações sexuais. Os outros quatro suspeitos entravam no apartamento e aplicavam o golpe. A partir daí, a vítima era ameaçada e sofria de violência física e verbal. Os criminosos pediam que a vítima transferisse dinheiro para eles via PIX e usavam também os cartões de crédito e débito dela.
Ao final, a vítima era colocada num carro e seguia sendo levada para o seu apartamento. Lá, ela era dopada, ameaçada com o uso de armas e abusada. Em seguida, os golpistas 'limpavam' a casa dela, roubando computadores, celulares e outros aparelhos eletrônicos.
O caso foi denunciado na 14ª DP (Leblon) por uma das vítimas e, a partir daí, a polícia iniciou as investigações. No final de outubro, um empresário, vítima dos criminosos, ainda estava sobre o efeito do líquido suspeito quando saiu de seu apartamento após os suspeitos irem embora, e caiu da escada, chegando a bater a cabeça e convulsionar. Ele ficou em coma no Hospital Miguel Couto, mas já se recuperou e foi liberado. Esse caso ocorreu no final de setembro.
Até o momento, os acusados que foram presos foram: Paulo Neto da Silva, identificado como Kaio Pantera, Maurício Vinícius Antunes da Conceição, Marlon Bouchud Falco, Gabriel de Souza Assis. Um deles foi detido em São Gonçalo e outros três em Copacabana. O quinto segue foragido. A Polícia Civil busca cumprir o último mandado de prisão do caso. Com eles, foram recuperados diversos itens roubados das vítimas, que serão devolvidos. Também foram apreendidos máquinas de cartões e celulares e as drogas usadas para fazer o líquido que dopava as vítimas. Os presos são acusados de roubo majorado e extorsão.
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